Percebi que eu tinha desaprendido a olhar, e olhando
de novo, aprendi os vários mundos que habitam atrás de um rosto. Fechando os
olhos, percebendo minha respiração, deixando que as memórias de dor ou alegria
me atravessassem, redescobri o meu corpo, que chora, grita, fala, sente. A partir dessas redescobertas e descobertas,
eu fui compreendendo melhor os outros corpos, as pessoas “dentro” e “fora”
deles.
Aprendi que assim como há uma beleza estética,
que nos transporta e nos faz sentir aquela perplexidade diante das coisas, como
uma criança, existe também uma beleza sutil e sagaz, em situações e momentos às
vezes os mais imprevistos, como na dor, que nos desperta um encanto e nos
instiga a querer saber, conhecer, reconhecer.
***
Quando eu me deparei com esses mundos, colidi comigo, e a cada peça
reencontrada descobri os universos que me compõem e tocam a minha própria
(única) melodia...
("Escritos" 2015)
Gostei desse (re) olhar, da honestidade na escrita.
ResponderExcluirMexeu comigo. Fez pensar no meu andar.
Vitor de Jesus Freitas
Oh queriiiido! Que maravilha! Essa eh a intencao. .. �� bj e luzzz no te u andar, sempre!
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